COMO A FALTA DE MATÉRIA-PRIMA E A INFLAÇÃO ESTÃO AFETANDO A INDÚSTRIA

Presenciamos uma recuperação do PIB Brasileiro e da Indústria Nacional no ano de 2021, porém a inflação e as recorrentes faltas de matéria-prima têm mantido o mercado em estado de alerta. No início da pandemia, as medidas restritivas afetaram em diversos momentos a produção de insumos para a indústria, além disso uma nova demanda de produtos específicos para atender novos hábitos de consumidores em “lockdown” contribuíram para a falta e atraso na entrega de matérias-primas de forma global.

A lei da economia liberal é simples: se a oferta é maior que a demanda, os preços caem; já se a demanda é maior que a oferta, os preços sobem. A economia global viu na prática a reorganização do consumo durante o ano de 2020, quando os consumidores direcionaram seus gastos quase totalmente à bens de consumo, devido a impossibilidade de usufruir serviços por conta das restrições. Além disso as políticas públicas sociais injetaram valores na economia como um todo o que aumentou o poder de compra da população mundial em um curto espaço de tempo, fortalecendo a tendência da inflação.

Na indústria, as causas da alta de preços variam por segmento, porém existem alguns pontos em comum:

Paradas da produção: A pandemia obrigou muitas indústrias a interromperem seus processos produtivos em vários momentos.

-Concorrência mundial: A disputa econômica entre potências mundiais afetou as políticas de estoque e preços de produtos gerando uma corrida, especialmente por países como China, para adquirir de forma agressiva insumos importantes para toda a cadeia, dificultando mais ainda o acesso as matérias-primas.

Alta do Dólar: A valorização da moeda durante a pandemia foi um fator relevante para o aumento dos preços de insumos geralmente importados.

As indústrias de transformação vêm sendo afetadas diretamente pois além de terem dificuldades para negociar preços mais competitivos se deparam com a escassez de insumos no mercado doméstico. Indústrias como a calçadista, fabricantes de móveis, indústria química, de couro e vestuário estão tendo dificuldade de manter estoques de determinados produtos por semanas e até meses.

Segundo o IBRE (Instituto Brasileiro da Economia): “Diversas são as consequências desse cenário prolongado na atividade do setor industrial, mas para a maioria das empresas, o principal efeito da interrupção na cadeia de suprimentos tem sido o aumento dos custos de produção, citado por 57,6% das empresas. Destacam-se também maiores atrasos (32,5%) e dificuldades na entrega de seus produtos (34,1%). A elevação dos custos de produção foi mencionada por 65,6%, seguido por atraso nas entregas (32,7%)”

A Rauter Química não mede esforços para garantir a entrega de produtos e manter os preços de mercado, através do fortalecimento das relações de parceria com nossos fornecedores e clientes, pois entendemos que a diversidade é uma oportunidade de construção e evolução.

Referências:

https://blogdoibre.fgv.br/posts/evolucao-da-escassez-de-insumos-e-materias-primas-durante-pandemia

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/04/07/industria-sofre-com-falta-de-materia-prima-e-consumidor-paga-a-conta.htm

https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/escassez-de-materia-prima-e-a-nova-realidade-do-mundo-e-levara-tempo-para-ser-resolvida,695aadcb5e06741eeff451c10e04074cz1w5kc6w.html